1) Não podemos fazer coisa alguma em nossa adoração que rebaixe os nossos conceitos de Deus. Este princípio é apoiado pelo segundo mandamento (Êxodo 20:4-6), o qual proíbe especificamente a adoração de imagens de escultura, uma prática que certamente diminui a visão que o adorador tem de Deus. O mesmo princípio também foi enunciado no sistema sacrifical do Antigo Testamento, onde apenas animais perfeitos eram aceitos para o sacrifício (Levítico 9:3; Números 6:14; Ezequiel 46:13). Esta exigência era mais obviamente verdadeira, porque somente um animal perfeito poderia representar um Salvador perfeito. Mas também havia outro significado. O profeta Malaquias aponta (1:8) que um governante não se agradaria de uma oferta imperfeita. Sabendo disto, um ser humano não seria culpado de rebaixar seu conceito de Deus se oferecesse a Deus aquilo que ele soubesse que não seria aceitável nem mesmo para um governante terrestre?
2) Deus exige reverência como Soberano e Senhor de tudo. Quando Moisés se aproximou de Deus na sarça ardente (Êxodo 3), lhe foi dito que removesse as sandálias para demonstrar reverência e temor na presença do Divino. A reação de Isaías (6:1-5) quando viu o Senhor num “alto e sublime trono” também deveria ser instrutiva acerca da reverência. Se desejamos agradar a Deus em nossa adoração, esta atitude de nossa parte não é negociável.
3) A verdadeira adoração envolve o princípio de “pureza”. Jesus disse, “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus” (Mateus 5:8). Freqüentemente temos a tendência de pensar nesta pureza simplesmente como pureza moral e, é claro, é no mínimo isto. Mas o princípio da pureza envolve muito mais, pois Jesus também disse, “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento” (Lucas 10:27). Assim, Deus nos mostra que ama a pureza de motivos, de propósito, de crença e de ação e que Ele é honrado quando, com total singeleza de mente, buscamos cumprir a Sua vontade em todas as coisas.
4) Tudo na adoração deve ser centralizado em Deus e dirigido a Ele. Alguns podem ficar desconfortáveis com a noção escriturística de “ciúmes” de Deus, ma esta idéia destaca outro princípio importante – que todas as coisas espirituais precisam ser centralizadas em Deus e dirigidas a Ele, nunca podem ser feitas simplesmente para a glória do homem. Isaías cita Deus dizendo “Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não a darei” (Isaías 42:8). Alguém pode argumentar que qualquer coisa na adoração que chame a atenção indevidamente para aquilo que é puramente humano diminui a glória de Deus. Esta não é somente a opinião de um Deus fraco, irrelevante; não é o caso de tentarmos “proteger” um Deus assim. Pelo contrário, este argumento aponta para a idéia que quando diminuímos a glória de Deus, fazemos a nós mesmos um grande desserviço; estamos refazendo Deus à nossa própria imagem – de fato, Ele não é mais Deus. Deus é “ciumento” para o nosso bem, não para o dEle.
5) O sagrado e o profano nunca devem ser misturados na adoração. Este é outro princípio amplamente ilustrado nas Escrituras – que Deus quer que o que é sacro seja mantido claramente separado daquilo que é “profano”, ou comum, o santo à parte do secular. Um exemplo notável da violação deste princípio foi quando Nadabe e Adiu levaram fogo “comum” para dentro do Tabernáculo e foram destruídos por seu descuido. O relato continua, descrevendo como Deus falou a Arão e o lembrou de que era importante “fazer separação entre o santo e o profano, e entre o imundo e o limpo” (Levítico 10:10). Ezequiel também deveria ensinar “a meu povo... a distinguir entre o santo e o profano, e... discernir entre o impuro e o puro.” (44:23)
É claro, princípios são sempre mais fáceis de enunciar do que de aplicar! Contudo, gostaria de fazer algumas sugestões acerca de como esses cinco princípios podem ser aplicados em um sentido prático, conforme buscamos adorar a Deus por meio da música.
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
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